Colectivo Super Gorrila - Setembro 10

“A Arte da Guerra”
Colectivo Super Gorrila
(2 de Setembro à 11 de Setembro)

Arte ou Morte
Uma vez desencadeada a carnificina nunca mais parou, Coitadinho!!!
Académicos e voluntários estão confiantes nas suas experiências. No entanto, o final termina sempre numa questão: quanto custa proteger uma cultura? Os inimigos vão mudando e os aliados também.
Ao mesmo tempo que os clássicos perdem influência como ideologia dominante, os modernistas perdem-se na noção de igualdade da experiência estética, cabendo assim aos rebeldes construir a noção e o fundamento sobre a situação artística mundial. Hoje, chama-se a este tipo de movimentos mais ou menos clandestinos, guerrilhas. Isto porque não são a favor nem contra, são contra-contra-contra-contra quem é a favor do paulismo crónico de que sofre a sociedade contemporânea imperialista.
A história da abertura da fronteira entre a arte e a ciência tem vindo a contaminar os sistemas políticos, de informação e, consequentemente, a opinião pública. Estas acções desertificam ainda mais muitas rotas do deserto, alienando partes significativas do território cultural dos Estados soberanos em ciência. Outro dos problemas é financeiro: calculava-se que fosse doer, mas nunca se esperou ser tão terrível.Assumiu-se que essa ânsia pura de avançar seria tão natural que se encarou o ataque sem o disparo de uma única bala como uma forma de arte ideal. Mesmo que, posteriormente, no terreno de combate se tenha moderado um pouco esta decisão, não é menos verdade que ambas as faces da guerra são grotescas e belas.
A arte tem duas faces. A guerra tem duas faces. A terra tem duas faces. O Homem tem duas faces. O cu tem duas faces. O confronto tem duas faces. Existem sempre, no mínimo, dois actos, ou faces, associados ao combate: o ataque e a defesa. Ataca-se, atacando o mais querido do sistema inimigo.
Defende-se, assumindo uma postura não-passiva, remetendo assim para o ataque a melhor arma de defesa. Defende-se, retaliando, numa tentativa de apropriação do que aos atacantes pertencia.
Re-ataca-se, na expectativa de, não só recuperar do tombo, mas principalmente, aumentar o capital perdido, cultural, claro. Com estas intenções, não existe outro caminho a conquistar que não a vitória. Por agora, tenha-se em conta o relevo que nesta passagem é concedido à dissimulação e ao logro. A dissimulação das formulações permite, entre outras coisas, vencer a morte. A morte de uma cultura, claro! As guerrilhas, claro, têm tido alguma dificuldade em determinar se alguém está envolvido em actividades que representem uma ameaça para a segurança da arte, escuro.
Há a excepção da face do s(c)em faces, a do observador, ou espectador, o que observa, ou «especta», e que apesar de tantas vezes se auto-nominar «passivo», dê por onde der acaba sempre por ficar especado e sair espetado.
Um dia, não muito longínquo, se for instituído na Arte um novo sistema paradigmático, teremos então que erradicar esta sociedade imperialista cultural, para instaurar uma onde a vida conte mais que a morte.

«Esta campanha porém ainda não está ganha, porque palavras não vencem guerras, ainda».

Colectivo Super Gorrila


A contrariedade tem ditado que somos a este ponto, ao contrário dos restantes, absolutamente contra. 
Somos contra quem, contrariamente, tem dito que somos contra quem é contra, somos contra quem é contra quem é contra. Isto sim, ninguém poderá contrariar!
As contradições que têm surgido sobre os contra-contra são, de facto, contrárias à realidade. As declarações de contra guerra que têm surgido por todo o mundo são um exemplo claro de que existe uma alternativa contra os movimentos institucionalizados. Tens direito de escolher de que lado desta contradição te encontras afinal. Afinal, és contra ou não?
Contradizem-se aqueles que afirmam soluções utópicas sobre as resoluções politicas. As resoluções politicas não têm qualquer valor, pois contradizem-se a todo o momento. Assumem-se sempre contra os que, momentos antes, eram contra. Ora, sendo assim, são contra si mesmos e isso é algo perante o qual estamos solenemente contra.
A luta não se pode fazer, contrariamente ao que se tem dito, sem batalhas. Quantas vitórias são conseguidas sem combates? O combate é um meio necessário para podermos afirmar com maior certeza que estamos tão contra eles, como eles contra nós.
Na guerra há vários princípios, meios e fins. De acordo com o principal princípio, principia-se na primeira prioridade de princípio: a vitória. Os meios situam-se tranquilamente a meia distância entre o principio e o fim. A meia, o meio, o mediano, o mediador, a medida, o meridiano, a mediatriz, a média. A metade é considerada igualmente parte igual do principio até ali, e no seu retorno em igual medida. A outra metade é semelhante à anterior, mas equivale à distância mediana entre o aqui e agora e o fim. Por fim, finaliza-se a finalidade finalmente. Findou, o fim finalizou-se sobre o principio do meio. O meio deu fim ao princípio. Principalmente, o meio chegou ao fim, finalizando a sua finalidade. 
Principiou-se a meia metade do meio na medida mediana do fim. Conquista-se assim a principal finalidade através de meios que, primeiramente, não são mais do que meios para a finalidade principiada.
De quantos combates se faz uma guerra? Somos claramente contra as diligências que têm imperado. A demagogia sócio-politico-cultural é de tal forma contra o que pretendemos, que mais vale morrer a ver este sistema imperar ad-aeternum.
Queremos ver as nossas questões respondidas e os responsáveis por esta situação punidos. Somos contra a impunidade. Questões essas que os sistemas instaurados se têm manifestado contra a responder. Passo a citar algumas:

As vitórias são todas honradas? A honra tem data e hora marcada para se manifestar? Ainda existe patriotismo num sistema multicultural e imperialista?

Somos contra o silêncio.

Tens capacidade de estar contra quem é contra quem é contra? Ou és apenas contra?
Para melhores conhecimentos sobre estas e outras matérias, o melhor será alistar-se no ensino superior, numa qualquer faculdade perto de si.
Ou então juntar-se ao nosso movimento contra os que são contra, quem é contra o contra-guerra.

Quantas faces tem a guerra? Quantas faces tem o contra-guerra? Quantas faces tem a guerra do contra?
Quantas faces tens? Quantos cus tens?

Super Gorrila






Apresentação Super Gorrila 

Quem somos

Como somos

De onde vimos

Porque vimos

Os Super Gorrila uniram-se há sensivelmente um ano e meio para extrapolar a ideia de arte institucionalizada criada por especialistas para uma fracção muito específica da sociedade.
Através de desvios à retórica quotidiana urbana e de incursões nos diversos mecanismos de representação, os Super Gorrila apropriaram-se do conceito de marketing viral e relacional, para estruturar as suas intervenções artísticas, apontando para um espaço social mais alargado e diverso, interrompendo percursos despreocupados com apontamentos cuidados e acutilantes, criando o rumor de um novo produto ou serviço, neste caso especifico, Arte.
Uma Arte que procura o encontro, a comunicação e a partilha, que pesquisa variações formais do existente para as reinventar, uma Arte que se foca no universo que nos rodeia para exprimir a sua existência.
Fazem parte deste Colectivo elementos oriundos de áreas criativas díspares, que vão desde o Design à Ilustração, do Vídeo à Performance, da Música às Artes Plásticas. A exploração multidisciplinar deste grupo permite criar uma linguagem multiforme, relacional e contemporânea, onde a identidade individual de cada membro se funde numa igualdade comum, onde o pessoal se torna anónimo e o colectivo se transfere para o universo público.
Os contactos constituídos com aquilo que nos rodeia são espaços que permitem abrandar, sentir, desfrutar, compreender e penetrar na essência das coisas. Eles tem um tempo próprio de se relacionar, e, numa época em que cada vez mais as experiências artísticas envolvem as suas práticas e teorias na essência das relações humanas e nos seus contextos sociais, em detrimento do espaço independente e privado, os Super Gorrilas penetram por entre as disciplinas da representação e no desígnio que diminui a distância entre fazer arte e comunicar arte, entre as formas de arte e o cidadão comum.






Outras Guerras
Exposições; Instalações; Intervenções; Acções e Radiodifusões
2010
Performance. 4/4 CLF acabamento especial. Evento “Ficas”, Silos - Caldas da Rainha. Instalações. Poleiro Supergorrila. Evento Caldas Late Night 14, Caldas da Rainha
2009
Instalação. “Supa Fridge”. Evento Le Coq Tuguese, Lisboa. Exposição. “É Uma Casa Portuguesa com certeza mas poderia ser outra qualquer”
Espaço Zona 2 do Atelier Arte e Expressão, Caldas da Rainha. Performance. Spum. Evento Rabiscuits 09, Alcobaça. Instalações. Salta Macaco
Evento Caldas Late Night 13, Caldas da Rainha.

supergorrilas@gmail.com