JANEIRO 2012


Inauguração 04/01 - 19H30 



Anna Stankiewicz Odoj 
“In between”- Exposição de Pintura
Luis Teixeira
“Metamorphosis” - EcoDesign
Alexandre Rola 
“Circus”- Exposição de Pintura
António Carrapato
Vai um sofazinho? - Exposição de Fotografia
FEMINAE
Exposição colectiva de fotografias de Autores Checos



Continuam



Luís Kerch 
Devoción Moderna - Exposição de Pintura


_________________________________________________


Anna Stankiewicz Odoj 

“In between”- Exposição de Pintura
Pintar é penetrar a ideia de viajar entre as culturas, é seguir a imaginação e os sonhos.
Esta viagem é a minha história pessoal, contada de forma onírica, cheia dos arquétipos e símbolos da realidade pós-moderna em que vivemos. Enraizada na consciência colectiva.
Pintar é comunicar para sobreviver, para salvar o que é humano.
A pintura  é  o  refúgio...




______________________________________________

Luis Teixeira

“Metamorphosis” - EcoDesign
O tédio é o pai da criatividade – Ron Arad in Design do Século XXI - Taschen 

Desde à alguns anos que olhava para os cabides de plástico preto, que as lojas da baixa colocavam no lixo. Tinha a intenção de construir um abat-jour de forma anelar, mas não encontrava a solução para o fazer.
Um dia passei à porta de uma loja e vi uns cabides transparentes, com molas para segurarem a roupa. Ali estava a solução, pois a forma das molas permitiam agrupar os cabides na forma anelar que eu desejava. No entanto, quando me dirigi à loja para tentar obter mais alguns cabides, foi-me dito que aquele modelo havia sido descontinuado. Foi então que ao passar em frente a uma outra loja, desta vez de roupa interior, vi os cabides que comecei a utilizar na concepção dos diversos protótipos. 
Hoje tenho um acordo de cedência desses cabides e essa empresa adquiriu um candeeiro, para colocar em exposição na sua sede, em Itália.
Assim, da forma anelar inicialmente idealizada, começaram a surgir outras formas bem mais interessantes e complexas, como por exemplo o Joanna V, que é como um tributo à artista plástica Joana Vasconcelos, que eu admiro.




_______________________________________________

Alexandre Rola 

“Circus”- Exposição de Pintura
“Os artistas de circo são superiores a mim
Porque sabem fazer pinos e saltos mortais a cavalo
E dão os saltos só por os dar
E se eu desse um salto havia de querer saber por que o dava
E não os dando entristecia-me
Eles não são capazes de dizer como é que os dão
Mas saltam como só eles sabem saltar
E nunca perguntaram a si mesmos se realmente saltam
Porque eu quando vejo alguma coisa
Não sei se ela se dá ou não nem posso sabê-lo
Só sei que para mim é como se ela acontecesse porque a vejo
Mas não posso saber se vejo coisas que não aconteçam
E se as visse também podia supor que elas sucediam...”

Fernando Pessoa




_____________________________________________

António Carrapato
Vai um sofazinho? - Exposição de Fotografia

A exposição de fotografia de António Carrapato que a Fábrica do Braço de Prata apresenta ao público de 4 a 29 de Janeiro assume um inédito carácter interactivo, pois, à semelhança do que é sugerido no título, “Vai um sofazinho?”, o visitante pode levar consigo para casa uma invulgar recordação da exposição.
“Se a pessoa não conseguir levar uma das coisas que proponho, pode levar outra…” afirma, sem mais revelações, o autor, para quem o importante é a invulgaridade de todo o projecto, sendo essa faceta que espera que chegue ao público através desta mostra. [...]




_________________________________________


FEMINAE
Exposição colectiva de fotografias de autores Checos

A exposição colectiva FEminae apresenta uma selecção de obras de quinze fotógrafos checos, ou filiados na República Checa: Andre Heinlein, Boris Guljajev, Daniel Hauser, Ivan Mladenov, Jan Černý, Jiří Růžek, Karel Housa, Květoslav Vršovský, Ladislav Nekuda, Lenka Čečilová, Lukáš Dvořák, Martin Iman, Michaela Kročáková, Miloš Burkhardt e Václav Adam. O grupo surgiu à volta do portal on-line de fotografia Fotopátračka que agrupa fotógrafos amadores e alguns profissionais que se dedicam à fotografia, cujo tema principal - sem ser exclusivo - é o corpo humano. Este grupo de autores reuniu-se pela primeira vez em 2009 na exposição colectiva Ano da Fotografia Não Comercial Checa e Eslovaca em Praga. Alguns destes fotógrafos participaram também na exposição colectiva Instinto Básico no âmbito do festival de fotografia Prague Photo em 2010, e na mostra Fotopátračka.cz, na mesma feira em 2011. Algumas das imagens patentes nesta exposição foram distinguidas no concurso organizado pela revista checa Instinkt. [...] LL


Apoio:




Václav Adam - From the West Coast




Ladislav Nekuda - no title



Michaela Kročáková - Selfportrait



__________________________________________

Continuam


Luís kerch 

Devoción Moderna - Exposição de Pintura e Desenho
Luis Kerch : Leciones sobre tinie blas y flores. Antigua devoci ón moder na.
Sobre el mundo roto y los paisaj es de la mirada

Comenzar a trabajar otra lógica, la lógica de la imagen como ensayo visual que tiene una función laberíntica. Se trata quizá de uno de los ejercicios más honestos y más críticos de cuantos podamos emprender en el seno de este colapso del discurso, de la palabra, del relato. Y algunos habían vaticinado la saturación del régimen escópico, bajo pancartas que durante tiempo nos han hipnotizado: “hay demasiadas imágenes”, cuando, de facto, de lo que había en exceso era de verbo, de voluntad acaparadora, de narración y cuento.
Se trata aquí por el contrario, bajo el ensayo de Kerch, de des-cifrar el paisaje como la inscripción única de la mirada y por tanto de lo visible. En ocasiones tratamos de reducir el estudio de la pintura en torno a su tema –sin duda un defecto moderno heredado de manera natural- cuando lo que realmente pretendemos alcanzar es la descripción erótica de la imagen: todo cuanto nos oculta, insinúa, apodera y exorciza. Así que, si de algún modo hemos potenciado una obsesión hacia lo simbólico –que se ha encarnado en el examen del poder político de la imagen, de su capacidad histórica, de sus múltiples fundaciones temáticas y sociales-, no ha sido sino para acentuar la única preocupación que alberga la imagen: la de comprender el sentido contingente de su propio término. Imágenes que hablan de imágenes, siluetas encadenadas a sus propios contornos, cuerpos y recuerdos enraizados con la memoria misma. Ya sabíamos que todo era circular y tautológico, pero parece ser que la pintura ha logrado –antes, durante y después de su muerte- reformar continuamente este espacio de reflexión especular, en el que, ensimismada, solo parece preocuparse por ella misma. Quizá sea esta una de las voluntades más críticas y honestas que nos han atravesado a lo largo de la historia moderna del arte.