Março 2013
Artes Visuais
Exposição 06/03 - 30/03/13
FERNANDO TORDO
“Máscaras e Caras Más”
- Exposição de Pintura e Concertos
MÁRIO LOPES
“Monochrome Connections”
- Exposição de Desenho
MARTA GASPAR e MARIA DEL MAR
“CONTAMINAÇÃO”
- Instalação
POLAROID PARK
- Exposição colectiva com projetos individuais de:
Ana Sofia Santos, António Bettencourt, Bruno Mendes, Cátia Mingote, Fábio Túlio, Helena Peralta, João Miguel Baptista, Jorge Beleza, Maria Lopes, Marina Vieira da Silva, Paulo Simão, Pedro dos Reis, Rui Poças, Sofia Matos, Tiago Luís, Vítor Cid, Vítor Hugo Maio.
Continuam
ZANA
“A Morte da Princesa”
- Exposição de Pintura e Ilustração
E404 e Convidados
“Negatividade” #3
- Site Specific | Multilinguagens
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FERNANDO TORDO
“Máscaras e Caras Más”
- Exposição de Pintura
Adoro Pintura.
Leio tudo o que há sobre Pintores, e por isso, adoro os Pintores como adoro a Pintura.
Pintores geniais, excelentes, bons, assim-assim, mesmo maus, a todos adoro porque todos eles são infinitamente mais talentosos e conhecedores do que eu, que apenas adoro a Pintura, adorando que um dia me fosse
possível ser como algum deles. Observo-os, miro-os e remiro-os, leio-os, estudo-lhes o traço e o golpe de pincel, de asa.
Corro aos museus e aos catálogos, aos livros e às enciclopédias, atiro-me à leitura e nunca estou informado, quero saber mais ou mesmo tudo destes tipos que tanto invejo. Sossego perante os meus materiais em branco; e quando avanço lembro-me deles, dos Pintores. Se eu fosse um deles como seria bela a certeza do traço, do toque, da cor, de mim. Mas não, não está ao meu alcance. Por isso, curvo-me perante os Pintores, todos os Pintores, e em silêncio juro sobre os meus materiais que adoro a Pintura.
Fernando Tordo
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MÁRIO LOPES
“Monochrome Connections”
- Exposição de Desenho
Desde o periodo que passei pelo Japão a influência dos conceitos, das
artes da cultura tem-se vindo a fundir com todo o meu background e tuda a experiência de vida até aí obtida. O facto de cada um de nós ser diferente um do outro e falando a uma escala mundial não hà dois seres iguais. Tudo isto se deve ao facto de cada um de nós desenvolve-se em distintos sentidos, ligando e combinando informações que recolhe do dia-a-dia.
Tomando como base este modo de aprendizagem e de desenvolvimento em cada ser, desenvolvi esta série de trabalhos, ligando informações, experiências, vivências do passado que se vão aglomerando em cada modulo que junto a esta estrutura interminável.
Monochrome connections tenta mostrar de forma clara o resultado de algumas destas ideias.
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MARTA GASPA e
MARIA DEL MAR
“CONTAMINAÇÃO”
- Instalação
“Contaminação” consiste na instalação de vários insectos de grandes dimensões (escaravelhos, formigas, aranhas...) na sala Virginia Woolf na Fábrica Braço de Prata.
Os insectos provocam-nos sensações diversas, como medo, repugnância, liberdade, fascínio, venustidade, respeito, continuidade.
A repugnância a estes pequenos seres, surge de ideias preconcebidas, transmitidas de indivíduo para indivíduo, “herdadas” da sociedade na qual estamos inseridos. Cada cultura tem as suas ideologias, há povos que os veneram, como o escaravelho no Egipto que é considerado um símbolo da sorte e da vida para além da morte, outros, comem-nos como são exemplo alguns povos orientais e africanos.
O objectivo deste projecto é chamar a atenção para o “mundo dos insectos” sendo este um mundo mágico onde tudo acontece. É um mundo com o qual não temos contacto, tornando-se especial, mitológico, de certa forma pertença do nosso imaginário.
“Contaminação” transporta o nosso mundo imaginário para uma realidade encenada, onde por momentos nos sentimos magos de uma qualquer história fantástica, abrindo espaços fictícios para expor cenas quotidianas de uma vida inventada.
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Polaroid Park
- Exposição colectiva de polaroids com projetos individuais de:
Ana Sofia Santos, António Bettencourt, Bruno Mendes, Cátia Mingote, Fábio Túlio, Helena Peralta, João Miguel Baptista, Jorge Beleza, Maria Lopes, Marina Vieira da Silva, Paulo Simão, Pedro dos Reis, Rui Poças, Sofia Matos, Tiago Luís, Vítor Cid, Vítor Maio.
How does a project mature?
It is a obviously a most mysterious,
Imperceptible process.
It carries on independently of ourselves,
in the subconscious,
crystallizing on the walls of the soul.
It is the form of the soul
That makes it unique,
Indeed only the soul decides
The hidden “gestation period” of that image
which cannot be perceived
by the conscious gaze.
Instant Light – Tarkovsky Polaroids
Regressemos por um instante a um passado que agora nos parece distante mas ainda pleno de significado. A um tempo em que uma imagem era construída e revelada por um processo quase mágico. Contemplemos um fragmento imediato da realidade, palpável e testemunhal. A estranheza da cor. Estamos no Polaroid Park.
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ZANA
“A Morte da Princesa”
- Exposição de Pintura e Ilustração
“A Morte da Princesa” é uma história sobre viagens e caminhos, um conto sobre índios, rituais de passagem e sinais de fumo.
É um estudo intenso, profundo e introspectivo sobre a morte. Não como um fim, dada a sua irreversibilidade, mas como um início de algo novo.
A metamorfose. O tecer um novo tecido, uma nova pele, uma outra vida.
Com os índios aprendemos a forma mágica de viver numa comunidade que preza e valoriza os velhos e sábios da aldeia. Um grupo de pessoas que celebra cada folha e cada inverno, de pés colados à natureza.
Os ritos de passagem são cerimónias que marcam a mudança de um indivíduo.
Rituais de iniciação, matrimoniais, funerais e outros, como a gestação e o nascimento.
Também a gestação da “A Morte da Princesa” coube num ciclo de 9 meses. É
história de um processo, uma evolução.
O nascer, crescer e florescer.
O maturar, amadurecer e envelhecer.
A morte de uma Princesa, o nascimento de uma Rainha.
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E404 e Convidados
“Negatividade” #3
- Site Specific | Multilinguagens
Ultima faze do projecto na Fábrica.
Várias artistas que optam por expressar o negativo e mostrar esta sua visão sobre a vida..
São formas completamente distintas de expressão, no entanto em comum existe uma abordagem semelhante face ao objeto: mostrar o negativo.
É com base nesta abordagem comum que se estabelece sinergia, concretizando uma convergência em estilo, numa experiência estética que resulta desta múltiplo negatividade e cujo produto talvez se revele o oposto.